quarta-feira, 22 de maio de 2013

As Boas Lembranças























Viva hoje os bons momentos
com muita intensidade 
Não desperdice seu tempo 
quando há felicidade 
Curta bem a toda hora 
Assim, o que você vive agora 
Mais tarde será saudade

Mais tarde será saudade 
quando boas lembranças são 
Elas ficam bem guardadas 
dentro do coração
Os momentos de felicidade 
se transformarão em saudade 
não apenas recordação. 

Helena Saraiva

As Flores do Coração


















Para os meus filhos, Lúcia, Rose, Lucy e Júnior

Quatro flores eu plantei 
no jardim da emoção
Plantei sonho, plantei luz, 
plantei saudade e paixão 
Reguei-as com muito jeito 
do lado esquerdo do peito 
bem dentro do coração 

Só três delas floresceram 
Saudade, Luz e Paixão 
Com o Sonho foi diferente 
nasceu e cresceu botão 
São elas que me acalmam
e aquecem a minha alma 
quando é fria a estação. 

Helena Saraiva

O que é poesia














Poesia é a busca de tudo 
do belo, do amor, da fantasia...
É a tristeza menos triste 
É o triste com alegria
Desperta os sonhos adormecidos
Esquecidos
que preenchem a alma vazia 

Ouvimos o mundo 
através da poesia 
Faz esquecer a tristeza 
e vai à busca da alegria
É um sentimento profundo
em harmonia com o mundo
Nossa vida é poesia 

A história do poeta 
quando sua voz silencia
e ele passa a ser saudade
tem sua imortalidade
Através da poesia 

Poesia é viver
Poesia é você 
Eu sou poesia. 

Helena Saraiva

Minha insônia


















 Vejo a lua no céu, vejo estrelas 
 derramando seus raios luminosos no mar 
 a lua ilumina meu rosto
 não deixa o sono chegar 
 se uma lua no céu é tão linda, 
 duas luas mais ainda
 uma no céu, outra no mar 

 Não padeço pela insônia 
 se o sono não quer chegar 
 Vou ficar olhando estrelas 
 até o dia raiar
 Com esta noite tão bela
 não vou sair da janela 
 enquanto uma estrela brilhar 

 Já é alta madrugada 
 o dia já vai despertar 
 Ainda não quero dormir
 pois se eu dormir posso sonhar 
 E meus sonhos não têm memória,
 nem história 
 Prefiro pensar ... 

 Minha mente tocou as estrelas
 Tocou as águas do mar 
 Está voltando da noite, 
 agora quer descansar
 Não há mais estrelas no céu 
 Não há mais estrelas no mar

 Helena Saraiva

No Silêncio




















Na mansidão do silêncio
mergulho no universo do meu ser
Eu ouço a voz de minha alma 
que fortalece e me acalma 
numa força que preciso pra viver 

No silêncio eu busco minha essência
até mesmo no escuro 
Neste escuro eu vejo a luz 
que ilumina e me conduz 
à direção que procuro 

No silêncio minha voz cala
É suave não falar 
quando é a alma que fala 

No silêncio elevo os pensamentos meus 
No silêncio encontro paz
No silêncio eu falo com Deus.

Helena Saraiva

O Bom Guerreiro















Quando surgem os primeiros raios de sol,
 lá vai o homem trabalhador. 
Nenhuma nuvem no céu,
sol forte e muito calor. 
Homem corajoso e guerreiro, 
meio caboclo, meio brejeiro, 
meio trigueiro na cor. 

Ele espera a ação do tempo 
quando uma nuvem aparece, 
um trovão no fim da tarde, 
todo o chão estremece,
mas o vento leva tudo
e o céu volta a ser mudo. 
A chuva não acontece. 

 Ele enfrenta a terra seca
 empurrando o seu arado,
 mas, o bom homem guerreiro
 não se sente castigado. 
 Mais uma noite que cai 
 e para casa se vai 
 o bom guerreiro cansado. 

 Volta à roça no dia seguinte 
 chapéu de palha, chinelo no pé,
 de ver a terra molhada 
 ele nunca perdeu a fé.
 Ao seu santo faz uma prece
 e logo a chuva aparece.
 Ele também é José. 

 Helena Saraiva

terça-feira, 21 de maio de 2013

Um Rosto na Janela






















 Há um rosto na janela
 no meio da madrugada 
 Passos apressados na calçada
 Risadas
 Jovens voltando das festas
 pelas ruas quase desertas 
 E um rosto na janela

  A lua surge de repente 
 em quarto crescente
 na madrugada quente
 deixando a noite mais bela 
 Para um clima mais ameno 
 cai um fino sereno
 E molha o rosto na janela 

 Do alto o Cristo Redentor 
 toda a cidade revela
 Há um contraste social
 duas linhas paralelas 
 moleques nas ruas descalçados
 e ricos carrões importados 
 Só um rosto na janela.

Helena Saraiva

O excluído


















Um dia eu passando na rua 
vi um homem sentado na calçada 
Ele observava cada pessoa que passava
Com a mão estendida, não falava nada 
Era abatido, parecia estar com fome 
Parei e perguntei seu nome 
ao homem sentado na calçada

Vá trabalhar vagabundo! 
Alguém que passava gritou 
Ele ouviu o seu insulto
porém não se exaltou 
Vivo perdido nesta cidade 
Sem registro, sem identidade 
nem um vagabundo eu sou

Insisti em saber seu nome 
Ele disse: sou Tomé, Pedro, João...
Qualquer um é o meu nome
pois não tenho certidão 
Eu quero nesta cidade
ter ainda a oportunidade 
de poder ser cidadão.

 Helena Saraiva

Eu sou Brasil
















 Sou a natureza em cores
 Tenho um rico e belo perfil 
 Sou a esperança de um povo
 Cujo sonho nunca dormiu 
 Sou o negro, sou a raça;
 Sou o branco,sou a massa. 
 Eu sou Brasil!

 Sou o pescador que se arrisca
 Por esses mares bravios;
 Que espera a ação da sorte
 Vendo a onda que subiu 
 Sou o caboclo,o mulato;
 Sou o cheiro do mato.
 Eu sou Brasil!

Sou o moreno,sou a mistura de raças;
Sou olhos da cor de anil;
Sou o índio valente,sou caça.
Eu sou Brasil!

 Helena Saraiva

Deixe a natureza entrar
















Eu estava triste
Uma suave melancolia invadia meu peito 
Sentia saudades de tudo... 
Ou de nada. Não sei direito... 
Um raio de sol iluminou meu rosto
para me avisar 
Abra a janela e deixe a natureza entrar 
e arrancar esta tristeza do seu peito

Abri a janela 
e vi que o sol brilhava
iluminando uma nuvem branca
que passava...passava...
E uma esperança renascia 
no momento em que eu ouvia 
um rouxinol que cantava 

O raio de sol que iluminou meu rosto
anunciando o novo dia 
arrancou do meu peito 
as saudades que eu sentia 
E a natureza que consiste 
em não deixar ninguém triste 
Devolveu-me a alegria.

Helena Saraiva

Crer
















 É como ter a certeza do amanhã, 
 Que um outro dia vai nascer
 Que o sol vai brilhar no céu 
 fazendo cada dia acontecer 
 Mesmo que uma nuvem ofusque a sua luz 
 Em outros céus ele vai aparecer 

 Crer 
 É como a certeza da noite
 quando o sol se recolher 
 E que milhares de estrelas 
 no céu vão resplandecer 
 fazendo festas pra lua 
 deixando-a se envaidecer 

 Crer 
 É como a certeza do mar beijando a praia
 Fazendo o mundo enriquecer
 É a natureza mostrando 
 que em Deus temos que crer 
 Dizendo ao homem que ele existe
 sem mesmo a Sua face conhecer 

 Helena Saraiva

Ser feliz

















É sentir o cheiro do amanhecer
dos campos, das flores, do ar...
É ver o sol surgir no horizonte
fazendo o mundo despertar 
É encontrar gente contente 
que dá um “bom dia” pra gente
com um sorriso a brotar 

Ser feliz 
É adormecer sem remorsos, sem ódio,
sem ressentimentos 
para que não haja pesadelo em seus sonhos 
só bons pensamentos
É não ver criança chorar 
Só sorrir, brincar 
Feliz a todo o momento 

 Ser feliz
 É saber perdoar seu irmão
 Mesmo sem ser perdoado 
 É se preocupar com o amigo 
 Que está sofrendo ao seu lado
 É respeitar as palavras de São Francisco de Assis 
 Na sua oração que diz:
“É dando que se recebe, 
 é perdoando que se é perdoado”

 Helena Saraiva

Mais um Dia
















Amanhece 
Vejo um novo dia acontecer 
Mais um dia em minha vida 
Menos um dia pra viver
O vento sopra suave em meu pensamento
num contentamento
que não deixa minha alma entristecer

 Preciso fazer algo
 nesta manhã tão vazia, 
 vou deixar minha marca registrada 
 em poesia 
 Quero terminar de escrever
 antes do anoitecer 
 que amanhã é outro dia...

Já é tarde... 
O meu poema agora termino de escrever 
Nesta estrada indefinida mais um dia em nossa vida
é menos um dia pra viver 

 Helena Saraiva

domingo, 19 de maio de 2013

Cidade Maravilhosa




















Tudo aqui nesta cidade 
tem muita beleza e cor 
O verão é colorido, 
é cheio de sol e calor 
Seu povo é abençoado 
de cima do Corcovado 
pelo Cristo Redentor

Seu carnaval é o melhor 
que o Brasil pode mostrar
O turista vem de longe
para a festa apreciar 
São três dias de folia 
que o povo com alegria
vai pra Avenida sambar

As pessoas que vêm de fora
ficam logo encantadas
Vem gente de toda parte
para a festa tão esperada 
Cidade de gente boa
De um povo que ri à toa
levando a vida em piada

Quem vive nesta cidade
tem tudo pra se orgulhar
Tem garota de Ipanema 
Tem princesinha do mar
Cidade maravilhosa! 
Tão cruel, tão perigosa 
Mas, quem sai dela quer voltar.

 Helena Saraiva

Mar Misterioso

















Sento-me na areia da praia
E, fico horas e horas olhando o mar 
Ele é às vezes, traiçoeiro e sério 
às vezes, suas ondas vêm brincar 
Fico parada tentando seus mistério desvendar 
Ora enfurecido... Ora brincalhão a sorrir 
quando leva meu banco de areia
obrigando-me a fugir 

 Saio dali enraivecida 
 com a brincadeira do mar 
 Mas, parece me pedir desculpas
 quando ouço o seu chuá... chuá... 
 Às vezes brincalhão, às vezes sério
 E tentando desvendar seus mistérios
 sento-me novamente na areia e fico a pensar... 

Helena Saraiva

Suave

















Suave é a brisa que vem do mar
numa noite de calmaria
É o sol surgindo no horizonte 
anunciando um novo dia
Suave é a amizade
É a fraternidade 
Suave é a harmonia

 Suave é a lua no céu
com todo o seu esplendor
É o canto dos passarinhos
É o perfume da flor
É a voz de uma criança 
É a esperança 
Suave é Deus
É Amor.

Helena Saraiva

Um Quadro na Parede


















Num quadro eu pintei o mundo,
tudo que é belo fui buscar 
as árvores, os rios, o sol, o mar...
No meu quarto essa tela eu quis deixar 
para eu sentir a natureza 
com toda a sua beleza
e tudo que eu possa sonhar

 Para que do meu quarto
eu possa olhar o mundo 
de manhã ao despertar
do meu sono mais profundo
abrir os olhos e sentir, 
olhar o quadro e refletir: 
Como é bom olhar o mundo!

 Olho o quadro na parede
 e sinto as coisas assim:
 Fecho os olhos e ouço os pássaros 
 em algaravia no jardim 
 Neste pensamento profundo,
 se eu não posso ir ao mundo
 o mundo vem a mim 

 Helena Saraiva

A Menina da Aldeia

















 A menina da aldeia, 
 Que dormia na esteira
 Na areia da prainha 
 E sonhava toda noite
 Com um castelo dourado 
 De príncipes, reis e rainhas. 
 Mas o castelo que sonhava 
 Só de areia encontrava 
 Quando era de manhãzinha.

 Conduzida pela mão
 De uma fada madrinha, 
 Que mostrava para a menina
 A magia da varinha 
 E o poder que ela tinha.
 Mas o castelo dourado 
 Decerto não era encontrado 
 Na areia da prainha. 

 Não sonha mais com reinado
 A menina da aldeia,
 Mas continua a construir 
 Na areia da prainha 
 O seu castelo de areia. 
 Mesmo sem sonhos dourados,
 Dorme sob o céu estrelado
 A menina da aldeia 

Helena Saraiva

sábado, 18 de maio de 2013

Vigilante da Noite


















Vem surgindo de mansinho 
por trás da grande colina; 
Transforma em obra de arte 
cada ponto que ilumina...
 Enfeita todo o infinito; 
deixa tudo mais bonito
 e a todos ela fascina.

 Ela enfeita todo o céu 
com o seu porte dourado; 
os raios de sua luz
 deixam o chão prateado. 
Com toda essa magia 
o poeta faz poesia
 pois, fica mais inspirado.

 Vai passando pelo céu 
muito vagarosamente 
Fazendo os corações tristes
se sentirem mais contentes 
Quando ela desaparece
 até o mar entristece 
e deixa saudade na gente!

 Helena Saraiva

O Tempo

















 O tempo passa ligeiro, 
 É como um sopro do vento,
 Mas o vento perde a corrida 
 Se apostar contra o tempo.
 A vida não tem escolha,
 Nem mesmo se virar folha
 E pegar carona com o vento.

 O tempo nos leva tudo, 
 Não pede consentimento. 
 Leva nossas lembranças, nossos sonhos,
 Até nossos pensamentos.
 Ficamos na ansiedade... 
 Ah, como eu tenho vontade
 De cortar as asas do tempo! 

 Se o mundo parasse o tempo
 E conversasse com o vento,
 Nesta vida passageira,
 Encontraria uma maneira
 De dar mais tempo ao tempo... 

 Helena Saraiva

Eu me procuro


















 Logo ao acordar 
 Eu me procuro: 
 No pulsar do meu peito 
 Que me faz sentir a vida; 
 Na luz do amanhecer,
 No ar... 
 Em todo lugar 
 Eu me procuro... 

 Eu me procuro
 No primeiro passo que me aventuro; 
 No vento que desperta a minha mente; 
 No primeiro pensamento pro futuro. 
 Na alegria de viver...
 Em cada amanhecer 
 Eu me procuro... 

Helena Saraiva

Vivemos o Novo

















 Logo ao acordar 
 Vivemos o novo: 
 No primeiro ar que inspiramos; 
 No primeiro pulsar do coração;
 Na primeira brisa que correr
 Em cada amanhecer, 
 Vivemos o novo... 

 No primeiro sopro do vento;
 No primeiro raio de sol que irradia 
 Anunciando o novo dia, 
 Vivemos o novo... 

 No primeiro caminhar;
 No café de cada manhã 
 Vivemos o novo.
 Em cada anoitecer, 
 Para depois um outro dia acontecer 
 De novo... 

Helena Saraiva

No meio de nada






















Um dia esperei o tempo
Queria ser grande, crescer... 
Mas, o tempo passou correndo 
sem nem mesmo eu perceber
Fiquei perdida 
no meio da vida 
sem saber.

Fiquei perdida
no meio de nada 
Havia pedras e espinhos 
na estrada 
Chutei as pedras, cortei os espinhos,
abri um novo caminho 
no meio de nada.

Plantei árvores, plantei flores 
na nova estrada 
Não ficaram pedras, nem espinhos, 
nem nada... 
As flores nasceram, 
as árvores cresceram 
no meio de nada.

 Helena Saraiva

A chuva


















A chuva suaviza a noite;
a chuva que cai lá fora
A cidade escurece e dorme;
as estrelas vão embora.
Uma gota desperta a minha mente
que pensa e que sente
como a chuva que cai lá fora.

Também vou dormir agora,
não espero a chuva passar,
e que cada gota que caia
faça uma estrela voltar.
Bons sonhos eu quero ter
e que possa reviver
quando o novo dia chegar.

Entre mim e a chuva que cai
há algo de poesia.
A chuva inspira minha alma
mesmo sem ser alegria.
Há saudade, há lembrança,
melancolia e magia.

Helena Saraiva

Um pequeno mundo

















Num fantástico Pequeno Mundo
 uma menina nasceu, 
 fez esse mundo imaginário
 em tudo que ela viveu. 
 Usou toda a sua magia 
 e em sua fantasia 
 até castelo ergueu.

 Nesse Pequeno Mundo
 viveu parte de sua infância. 
 Criou reis, criou rainhas
 nos seus sonhos de criança.
 Seus sonhos tinham memória
 e toda a sua história 
 foi guardada na lembrança.

 Criou um “Conto de Fadas”
 nesse mundo onde viveu. 
 Deixou lá a sua história 
 e esse mundo adormeceu. 
 Mas mandei meu pensamento
 ir buscar por entre os ventos 
 a menina que fui eu. 

Helena Saraiva

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O grande artista


 















 Fez uma obra perfeita, 
 Criou um grande e belo painel, 
 Deu cor a tudo que fez
 Sem lápis, tinta ou pincel:
 Pintou as árvores do mundo,
 Os rios e o mar profundo, 
 Desenhou as estrelas no céu... 

 Alguém que quis demonstrar 
 Seu mérito de cientista,
 Chegou até ir à lua
 Pra registrar sua conquista,
 Mas sua maior emoção 
 Foi ver do alto a criação 
 Da obra do Grande Artista... 

 É uma obra tão perfeita
 Que ninguém consegue imitar,
 O seu autor é infinito, 
 Nenhum outro chega lá...
 Maravilha nossa memória, 
 Está escrito na história 
 E não se pode apagar...

 Helena Saraiva

O bem-te-vi cantador


     
     
 Havia ali uma árvore,
 E nela, um pequeno bem-te-vi,
 Um bem-te-vi cantador
 Que voou pra minha janela 
 Trazendo no bico um raminho,
 Um pequeno ramo de flor.
 Parecia uma mensagem. 
 Mas, que mensagem podia ser
 Que o bem-te-vi me deixou?

 Plantei aquele raminho 
 Num canto do meu jardim. 
 Que cresceu e se transformou 
 Num lindo pé de jasmim! 
 É a herança de um presente 
 Que misteriosimente 
 Um pássaro deixou pra mim. 

 Um dia, não ouvi mais o bem-te-vi, 
 Bateu asas, voou pra outro lugar...
 Vai deixar outro raminho 
 Em cada janela aberta 
 Por onde ele passar... 
 Vão nascer em outros jardins
 Outros lindos pés de jasmim 
 Para um bem-te-vi cantar.

 Entre árvores, cantos e ninhos
 Vivia o cantador. 
 Como nômade da liberdade 
 Foi a mensagem que deixou.
 Não vive as nossas clausuras 
 Mudando de galho em galho 
 Ou voando pelas alturas
 O bem-te-vi cantador.

 Helena Saraiva

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Viajante dos sonhos




      






    
     


  Viajante imaginário
 Que vai às estrelas, ao céu, à lua, 
 A qualquer lugar 
 Sem malas, sem passaporte,
 Sem asas para voar... 

 Entre as estrelas ele sonha que é estrela; 
 Brinca com a lua, flutua no ar, 
 Tão longe da terra 
 Mas tão perto do distante ele está, 
 Onde o tempo não é só passar... 

 Não vê a chuva cair, 
 Nem sente o vento soprar. 
 Não há árvores, nem rios, nem mar,
 Mas os astros parecem pensar...
 O poeta não precisa dormir 
 Para sonhar... 

 Helena Saraiva