terça-feira, 21 de maio de 2013

Um Rosto na Janela






















 Há um rosto na janela
 no meio da madrugada 
 Passos apressados na calçada
 Risadas
 Jovens voltando das festas
 pelas ruas quase desertas 
 E um rosto na janela

  A lua surge de repente 
 em quarto crescente
 na madrugada quente
 deixando a noite mais bela 
 Para um clima mais ameno 
 cai um fino sereno
 E molha o rosto na janela 

 Do alto o Cristo Redentor 
 toda a cidade revela
 Há um contraste social
 duas linhas paralelas 
 moleques nas ruas descalçados
 e ricos carrões importados 
 Só um rosto na janela.

Helena Saraiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário